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domingo, 21 de junho de 2015

Tenho muito para dizer


 

Eu tenho muito para dizer, muito mesmo, guardo em mim milhões de pensamentos que não posso ou não quero partilhar com ninguém. Guardo em mim tristezas infinitas, momentos finitos que por ainda não os ter esquecido, doem porque o passado dói sempre, e se é passado devia passar, mas ficam presentes em mim. Guardo em mim toda a dor que um ser humano pode suportar, toda a raiva, toda a angustia, toda a tristeza, todo o mal que tenho dentro de mim que me tira o bom de tudo. Guardo em mim tudo, menos a felicidade, mas essa quando passa, é só de visita, e não leva nada com ela.
Guardo em mim palavras, principalmente as que me marcaram por serem tão cruéis e dolorosas de ouvir ou ler, mas também guardo as boas que acabam por doer ainda mais porque agora só são isso, palavras, mas doem como tudo. Guardo em mim pessoas, as boas e as más, mas guardo ainda uma maior percentagem de pessoas que já não guardam nada de mim. Guardo em mim os fins de tudo, e todo o fim dói tanto que parece que a dor não acaba. Todos os fins tiveram um início e um meio, e nesse tempo existiram tristezas, felicidades, palavras, momentos e pessoas e tudo isso se junta, à noite, e ocupa a minha cabeça como um grande pensamento que me enche de tristeza e faz com que todas as minhas noites sejam uma nostalgia, do início ao fim.

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