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sábado, 27 de junho de 2015

Ainda te amo


Olho à minha volta e vejo onde me deixas-te e onde cheguei por me teres deixado. Não me deixas-te realmente, mas sinto como se o tivesses feito. Será que se considera chegar a algum lado se esse lado for um que já chegas-te? Recuei no tempo e voltei a sentir-me como antes, a diferença é que agora tudo é incerto, até o tempo. É incerto o tempo que tenho contigo, é incerto o tempo que me vais amar daqui para a frente, se é que esse tempo já não parou lá atrás. 
Estou sentada nesta cama que costumava ser a tua zona de conforto, oiço baterem à porta mas finjo que não estou, não quero ver, ouvir ou estar com alguém que não sejas tu. Na verdade, eu não estou. Ou será que estou? Serei eu uma pessoa feliz ou uma pessoa triste? Se sou a pessoa feliz, então não, não estou, mas se for a triste, não saio de casa há dias.
Com os dedos no teclado e os fones nos ouvidos penso em tudo, em tudo o que devia e não devia pensar, e escrevo. Penso em ti e escrevo. Penso em nós e escrevo. Penso onde é que errei, se é que errei. Errei em preocupar-me demais? Desculpa então.  Errei em tentar demais? Desculpa então. Errei em amar-te demais? Desculpa então. Pensei que amar-te era o certo a fazer, mas vendo agora parece errado.
Sabes que ainda te amo? Pois é, eu ainda te amo, e quando digo isto, gostava tanto de te ouvir dizer o mesmo, mas não dizes. 
Ainda me amas? Dizes que não sabes, então como é que eu saberei? Não tenho resposta para as minhas perguntas quanto mais para as tuas meu amor. Mas uma resposta eu tenho: quando à noite, antes de caíres no teu mundo dos sonhos, te perguntas "Será que ainda me ama?", embora sendo uma pergunta que não merece resposta, eu dou-ta... Eu ainda te amo.

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