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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Só mais um em tantos







Tenho olhado mais para o meu futuro e não só para o deles
Tenho pensado mais em mim e não tanto neles
Se falas comigo estou-me a cagar se falas com eles
Tanta conversa deep e quando vês essa história de vida nem é deles.

Mas ficas agarrado à conversa, preso num texto escrito em prosa
Não leias os meus à pressa só por não ser tudo cor-de-rosa
Mas peço desde já desculpa por este ser só mais um em tantos
Tantos cenários nesta peça mas os meus eu só os vejo pretos e brancos
Entretanto eu perdi-me nos entretantos
E mesmo estando entre tantos perdi-me entre os diabos e os santos.

Tenho tentado alcançar o meu futuro e tenho passeado no meu passado
Perco-me no tempo a pensar em tudo o que perdi por ter pensado
Mas agora rasgo as páginas em que escrevi o que havia passado
Se sabes do que falo, se leste o que escrevi, meu caro amigo, desde já obrigado
E espero que estejas feliz, que continues aqui, desde esses tempos até ao fim, do meu lado
Agora faço o que sempre quis, não vivo como quero mas vivo como tem que ser
Vivo sem parar porque aqui o lema é “parar é morrer”
E eu não paro de escrever, antes escrevia mas não valia de nada, isso é certo
As frases eram compridas, sentidas mas eu não dizia nada em concreto
Só dizia o que fazia, a vida que vivia, e agora vejo que nunca fiz o correto
Agora acerto quando falo, agora eles dizem “sou todo ouvidos”
O que digo no momento, porque é certo e sabido
Se eu digo, se eu escrevo é sentido, e mesmo sem sentido tu sabes que sentes
O que eu digo porque te vês a ser compreendido mesmo que sejamos diferentes
Antes éramos futuros delinquentes, agora vêm-nos como futuros presidentes.

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