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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Refleções





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Mais um dia passa que eu vejo a passar
Pensando no tempo que me leva a tentar
Manter-me firme perante situações em que não me encaixo
Perante amizades que me deitam para baixo. 
É no meu canto que eu escrevo e reflito 
E admito que já estive mais forte
Abuso da sorte e abdico de amizades para ver outras a darem o corte.
Temos prioridades diferentes, em tempos fui a vossa 
E agora deparamo-nos com uma realidade que nem sempre foi a nossa
Ou a minha, não sei
Porque eu nunca vos deixei
E sabem melhor que ninguém
Que no fundo não abdicava de um segundo para vos fazer sentir bem
Sem tempo ou quando mais precisava de alguém
Agora vejo que há amizades e amizades, esta é só porque convém. 

Estou farta de ser turista da vida, farta de a ver a passar 
Tento ser otimista mas é algo que me custa a ganhar. 
Chamam-me artista porque faço-me à pista e porque sei onde quero chegar. 
Quero alcançar o sucesso, ir mais alto do que os meus sonhos confesso
Confesso querer apenas saber que me ouvem quando me expresso
Não custa tentar, mesmo tendo concorrência em excesso
Eu vim para ficar. 


Admiro a imaginação de cada cão por cada diz que disse
Sempre o mesmo infeliz a dizer que fiz
Faz-me confusão, mas se te faz feliz
Tem uma boa assimilação quando souberes que estou fixe. 
Diz que estou longe, digo que nunca estou ausente da luta
Porque mesmo distante o meu nome nunca morre na boca desses filhos da puta.
É certo e sabido que muita arte começa com um esboço mas chega-me ao ouvido muito da parte deles
Ouço um dog frouxo, a sentir-se bulldog, admiro o esforço mas só sinto bullshit neles
Comecei num esboço, não minto quando digo que vou acabar estilo Van Gogh, vou acabar com eles.
Regresso na via
Quem diria que eu conseguia
Há mais de duas semanas com uma folha vazia
Mas voltou o dia em que escrevo direito por linhas tortas mas escrevo poesia. 
Mais uma vez não aconteceu o que ela queria
Não fiquei parada, com esses bate e volta fiquei cansada
Agora olha à tua volta miúda, tas rodeada
E eu digo-te de consciência limpa, descansada
Vês-me com frequência sozinha, mas nunca mal acompanhada. 


quinta-feira, 2 de junho de 2016

À distância de uma simples janela



Bem, eu sei
E queria ter-te dito isto enquanto estavas aqui
Enquanto falava e te tinha à minha frente a olhar para mim
Com o olhar de um miúdo de 20 anos, enfim
Mas acredito que enquanto escrevo olhas por mim
Com o olhar de um homem de 31 anos, mas no fim
Mesmo passado tanto tempo não me deixa acreditar
Que decidiram levar-te sem me levarem contigo
E eu não consigo evitar
Em derramar lágrimas por um irmão, um amigo, um pilar
Sonhei que voltaste e agora não quero acordar
Mas se o tiver que fazer, antes faço o que antes não fiz
Fazer-te sorrir e dizer-te adeus, foi o que eu sempre quis.

Continua-me a custar, ainda hoje me lembro de tudo
Da chamada de madrugada e a voz da mãe de fundo
Mesmo com 6 anos eu lembro-me de cada segundo
A sala enchia-se de nostalgia e um silêncio profundo
Só pensava qual seria o teu último pedido ao mundo
Antes de partires sem aviso prévio para um outro mundo.

Vejo-te todas as noites, do lado de fora da janela
No meio do céu, no meio de tanta estrela
No meio de tantas iguais há sempre uma mais bela
Pela forma como brilha sei que tu és aquela
E sinto o sofrimento de não poder tocar nela
E ter-te apenas à distância de uma simples janela.

Há 11 anos que penso e digo no quanto te queria aqui
Há 11 anos que penso e grito porque é que te levaram daqui
Há 11 anos que penso, insisto e espero que me oiças daí
Cada vez que me expresso em mais um verso intenso sobre ti
Podia ser uma criança mas sei que um lado de ti conheci
Aquele miúdo talentoso, bondoso e com um grande coração
Talvez te deixe curioso saber que a mãe diz "fazes lembrar o teu irmão"
E que nunca viu ninguém tão parecido a ti, ela sorri
Mano, fizeste um bom trabalho enquanto estiveste aqui
E a única pergunta que faço é porque é que te perdi?
Porque é que foste embora? Porque é que foi assim?
Tu merecias que agora ainda estivesses ao pé de mim
Se a bondade desse anos de vida a tua não tinha tido fim
Ainda não estava na hora de te levarem daqui
Mas isto é um até já, Hugo Serra ou grande Mandoli.

(Foste um grande filho, o orgulho da mãe
Foste um grande irmão, o nosso orgulho também
Foste um grande amigo, para o mal e para o bem
Foste uma grande pessoa para todos e mais alguém 
E agora espera por nós nas portas do além. Até já.)

Vejo-te todas as noites, do lado de fora da janela
No meio do céu, no meio de tanta estrela
No meio de tantas iguais há sempre uma mais bela
Pela forma como brilha sei que tu és aquela
E sinto o sofrimento de não poder tocar nela
E ter-te apenas à distância de uma simples janela.

Chave





Devias ter ouvido o que eles não diziam
Mas deste ouvidos ao que eles diziam que ouviam
Deste ouvidos ao que eles diziam que viam
Discussão atrás de discussão e eles mais tarde se riam
Era assunto no dia a seguir, mas nem metade sabiam
Acreditas-te a primeira vez, desiludi, novidade
Mas depois mudei, não acreditas-te, com razão, é verdade
Fiz um esforço por ti e por nós, mas nem deste oportunidade
Para te mostrar, que na verdade eu amava-te mesmo
Que quando chegava a casa mais tarde, era em ti que pensava mesmo
Que elas tentavam jogar mas o meu jogo já não era o mesmo
Mesmo tentando te mostrar que ia mudando com o tempo
Chegava a casa, a chapa esquentava e voltava o mesmo argumento
Tanto rancor guardado em todo o tempo passado ao meu lado
Se não te quisesse de verdade, pensa, eu já te tinha deixado
Sempre dúvidas te de mim, pergunto porquê?
Talvez tivesses razões, os meus erros toda a gente vê
Força de vontade de mostrar a verdade, mas ninguém crê
Nunca me deram o benefício da dúvida, sempre sem explicação
Sem liberdade de expressão, sem poder dizer se era verdade, ou não
Sempre fui eu que errei, sempre fui a maior desilusão
Só te pedi uma segunda oportunidade, deixaste-me a abanar a mão
Talvez com o tempo percebas, só espero que não percebas em vão.

Pressão, confusão, obrigação, senti tudo
Não sou uma boa faladora e perguntavas os porquês de tudo
Perguntavas o que pensava e sentia no fundo
Nunca respondi com medo de te mostrar o meu mundo
Ou mostrar-te ao mundo, tive medo
Os que lá entraram sempre bazaram cedo
Queria-te manter comigo, fiz de ti um segredo
E guardei-te para mim, um bocado egoísta, confesso
Mas um artista tem sempre a chave para o sucesso
Foste a chave, não o digo só para ficar bem no verso
Abri-me para ti, contei-te cada história
Cada derrota, cada vitória
Cada ideia, cada memória
Cada queda, cada sentimento de glória
Fechei o livro, preparei-me para a melhor parte
Esperei conseguir falar sobre, para finalmente contar-te
Olhei para a minha frente, já não consegui encontrar-te
Mal te deixei entrar no meu mundo, decidiram tirar-te...

Mas isto não vai ser mais uma inacabada
Quero deixar cada resposta bem dada
Cada pergunta explicada, não espero que acredites em nada
Mas só eu sei o quanto penso em ti em cada madrugada
No quanto te amo e te quero de volta nesta almofada
Parece que a seta do relógio está parada
Mas o tempo passa, queria que as saudades passassem também
Quero-te aqui e acho que o quero como ninguém
Afoguei-me em cada garrafa, dizem que fui para além
Mas ninguém percebe, ou talvez eu não explique bem
Mas bem, só espero que saibas que enquanto aí estás
Eu estou cá fora à tua espera, estou contigo onde quer que vás
E à noite lembra-te de tudo, menos das coisas más
Podes chorar, mas sorri muito entretanto
E não te esqueças deste frase: amo-te tanto.








Escrita



Ninguém se levanta sem cair primeiro
Um novo início, um caminho sem roteiro
Ossos de ofício, gene verdadeiro
Indício de um começo, por agora só vagueio
Desde o início que me entrego por inteiro.

I start from the bottom, leve na bagagem
Entrei na via, sinto aturdimento na passagem
Tenho o pressentimento que vai ser mais que uma viagem
Reconhecimento, até agora uma miragem
Aprecio o momento olhando para a paisagem
Beat nos fones, lírica nas veias, vou passar mensagem
Sabia que devia causar empatia, nova abordagem.

Estou parada no tempo e espaço, já é tarde
Encontro-me acorrentada a esta cidade
Procurando encontrar liberdade
Algo criativo que me dê motivo para ter criatividade
Algo que me motive a ser emotiva para emocionar a sociedade
Algum objetivo, é verdade.
Tenho visibilidade, no meu ponto de vista
Vejo tanta vulgaridade a tentar ser artista
Os verdadeiros artistas estão a pausar na pista
Mas para banalidades como tu, há uma grande lista
Na thug life na vida de contrabandista
Vês o jogo Porto Braga, falas de injustiça
Não sabes metade do que falas, no meu ponto de vista
Quem te avisa teu amigo é, não é ser pessimista.

Para bom entendedor, meia palavra basta
Contigo é preciso ser professor, sei o que a casa gasta bro
Sempre te sentiste superior a qualquer outra pessoa bro
Mas quem alto sobe alto cai bro
Sempre foste um irmão mas disfarçado bro
Amigo disfarçado, inimigo dobrado, no fundo sempre soube bro
Mas a vida dá muitas voltas, quem engana um dia é enganado bro
Chega desse teu papo furado, menino mimado, para mim acabou
Quando caísses ia estar ao teu lado, passado, já passou
Quando caires, acabado, tenho lugar reservado para o show
Nunca te faltei bro, não é agora que vou faltar, yea, you know.

Ninguém se levanta sem cair primeiro
Um novo início, um caminho sem roteiro
Ossos de ofício, gene verdadeiro
Indício de um começo, por agora só vagueio
Desde o início que me entrego por inteiro.

As palavras voam, a escrita fica
Para os que falam, fica a dica
Escrevo histórias que contadas, ninguém acredita
Verbalizo palavras criando frases míticas
Criando uma sensação de sensações mistas.
Falo abertamente, meto o que sinto em exposição
Não sou sujeito ausente, sem ocultação
Não oculto factos, escrevo com promonorização
"Estás sempre contente!" Falta de atenção
"Mas antes..." Não há comparação
"Mudaste" Não foi por diversão
Basicamente, está tudo uma confusão , eu sei
Antes criança inocente, agora fora da lei
Dou o fora na lei, cometi delito
Dizem que o que publico pode causar conflito
"Falas verdades, admito, não critico
Mas talvez pudesses falar algo mais bonito."
Percebido.

Espera, espera... só um segundo, tenho um comunicado para fazer
Obrigatoriamente tinha de deixar isto explicito, grito mesmo que repita
AS PALAVRAS VOAM, A ESCRITA FICA
Esses comentários sofrem de verborreia crítica
Asneiras, verdade inteira é do que é cheia a minha escrita
Tanto pensamento numa folha tão vazia, sou versátil
Mil pensamentos de sagitário, abusando o vocabulário, de forma ágil
Podia fazer da música vida, ou da minha vida música, until (the end).

Ninguém se levanta sem cair primeiro
Um novo início, um caminho sem roteiro
Ossos de ofício, gene verdadeiro
Indício de um começo, por agora só vagueio
Desde o início que me entrego por inteiro.


terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Só mais um em tantos







Tenho olhado mais para o meu futuro e não só para o deles
Tenho pensado mais em mim e não tanto neles
Se falas comigo estou-me a cagar se falas com eles
Tanta conversa deep e quando vês essa história de vida nem é deles.

Mas ficas agarrado à conversa, preso num texto escrito em prosa
Não leias os meus à pressa só por não ser tudo cor-de-rosa
Mas peço desde já desculpa por este ser só mais um em tantos
Tantos cenários nesta peça mas os meus eu só os vejo pretos e brancos
Entretanto eu perdi-me nos entretantos
E mesmo estando entre tantos perdi-me entre os diabos e os santos.

Tenho tentado alcançar o meu futuro e tenho passeado no meu passado
Perco-me no tempo a pensar em tudo o que perdi por ter pensado
Mas agora rasgo as páginas em que escrevi o que havia passado
Se sabes do que falo, se leste o que escrevi, meu caro amigo, desde já obrigado
E espero que estejas feliz, que continues aqui, desde esses tempos até ao fim, do meu lado
Agora faço o que sempre quis, não vivo como quero mas vivo como tem que ser
Vivo sem parar porque aqui o lema é “parar é morrer”
E eu não paro de escrever, antes escrevia mas não valia de nada, isso é certo
As frases eram compridas, sentidas mas eu não dizia nada em concreto
Só dizia o que fazia, a vida que vivia, e agora vejo que nunca fiz o correto
Agora acerto quando falo, agora eles dizem “sou todo ouvidos”
O que digo no momento, porque é certo e sabido
Se eu digo, se eu escrevo é sentido, e mesmo sem sentido tu sabes que sentes
O que eu digo porque te vês a ser compreendido mesmo que sejamos diferentes
Antes éramos futuros delinquentes, agora vêm-nos como futuros presidentes.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Who are you?








                                          Hey girl, who are you?
I think I met someone in the past just like you
Hair, lips, and the voice sounds the same too
This girl was so wonderful
With a full heart, but I don't have a clue about why she fell apart.
I always was there, she was never alone
Even in the end I still picking up my phone
Visit her in her home
She was never happy with nothing that I've done.

Uhh, I'm talking about you.
Uhh, I'm talking about you.
Uhh, I'm talking about you.
The old you, the old you, the old you.

But now exists a door between you and me that I never see
And when I tried to understand you I lost the key
And now there is no turn back
You see difference in the lyrics of my track
And I see difference in the person that I look at
You're mad with me because I don't understand what I see
You ask for forgiveness but you never apologize me
You never understand me
You never fucking try
And even with all the shit you do I'm still being the bad guy
Because you always talk about my shit and my mistakes
But I'm used to it, used to be the cause of my breaks
And I learned something with that, don't give it all to someone that just takes.
You took my time
You took my love
You took every rhyme that I write above
You took my feelings
You took my trust
You took it all and turned it all to dust.

Uhh, I'm talking about you.
Uhh, I'm talking about you.
Uhh, I'm talking about you.
The old you, the old you, the old you.

sábado, 2 de janeiro de 2016

Sei



Tens medo de me magoar mas o meu coração ninguém parte
Tentas evitar a dor da ilusão que carregas mas faz parte
E enquanto estou num quarto com arte
Ela está sentada no chão de parte enquanto durmo
Enquanto tem consigo um debate de tarde profundo
Pelo motivo que me fez perder o motivo da razão de tudo
Mas no fundo eu sinto e sei
E não minto porque não minto bem
E por isso tudo o que tenho dito é verdade okay?

Por isso não sofras
Sabes que me fui abaixo por outras
E que são poucas as vezes que estou ciente para ti
Posso não falar muito disso mas eu ainda não te esqueci
Não me faças explicar senão não saímos daqui

Mas tu sabes que eu senti tudo o que disse
Mas tens saudades de quando eu dava em louca se não te visse
Mas discutia se discutisse com ela ou vice-versa
Agora faço como se fugisse com pressa
Para fugir da perda de tempo que é ter uma conversa, contigo
Sabes que sempre fiz de ti o meu porto de abrigo, embora antigo
Está presente e não estou indiferente a isso
O que eu quero, o que eu tenho nem sempre é o que eu preciso